Operadora brasileira Oi agrava prejuízo para 530 milhões no 2°. trimestre

A operadora de telecomunicações Oi registou um prejuízo de 3,4 mil milhões de reais (cerca de 530 milhões de euros) no segundo trimestre, mais que no período homólogo, segundo o seu balanço financeiro divulgado na madrugada desta sexta-feira.

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Lusa
14/08/2020 14:51 ‧ 14/08/2020 por Lusa

Economia

Oi

O resultado reflete os efeitos da pandemia de covid-19 e a estratégia de desinvestimento adotada dentro do plano de reestruturação da operadora. A Oi está em processo de recuperação judicial desde 2016.

O prejuízo da Oi registado entre abril e junho indicou um agravamento das perdas face ao mesmo período do ano passado, quando a empresa totalizou um prejuízo de 1,7 mil milhões de reais (270 milhões de euros).

"A queda mais acelerada deu-se, principalmente, pelos efeitos da pandemia de Covid-19 e as políticas de confinamento adotadas no Brasil, mas reflete também a estratégia da Oi de desinvestimento nos serviços legados", justificou a empresa.

A receita da Oi no segundo trimestre do ano atingiu 4,5 mil milhões de reais (700 milhões de euros), uma queda de 10,8% face os 5 mil milhões de reais (780 milhões de euros) registados no mesmo período de 2019.

A receita obtida com as operações brasileiras da Oi totalizou quase 4,5 mil milhões de reais (cerca de 700 milhões de euros), menos 11% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Já a receita das operações internacionais (África e Timor Leste) totalizou 54 milhões de reais (8,5 milhões de euros), apresentando um crescimento de 19,7% face ao segundo trimestre do ano passado.

O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou em 1,3 mil milhões de reais (200 milhões de euros), resultado 15% mais baixo do que o obtido há um ano.

A margem Ebitda recuou 1,5 pontos percentuais, passando de 31,4% no segundo trimestre do ano passado para 29,9% no mesmo período de 2020.

De abril a junho, a operadora brasileira aumentou o fluxo de caixa em 41,4%, para seis mil milhões de reais (940 milhões de euros), mas também viu o seu endividamento subir 59,4% e atingir 20 mil milhões de reais (3,1 mil milhões de euros).

Além do balanço financeiro, a Oi apresentou uma versão atualizada da proposta de aditamento de seu plano de recuperação judicial, com mudanças no modelo de venda operação de seu negócio de telefonia móvel e no preço da participação na nova unidade de fibra ótica, além da possibilidade de segregar ainda uma unidade de TV por assinatura.

Atualmente, a Oi é a quarta maior operadora de telecomunicações móveis do Brasil, com uma participação de mercado de cerca de 16%, atrás da Vivo, que lidera com 33%, da Claro (controlada pela mexicana América Móvil) e da TIM, que têm cerca de 24% do mercado brasileiro cada uma.

A empresa portuguesa Pharol tem uma participação acionista na Oi. Até 31 de dezembro de 2019, a Pharol detinha ações equivalentes a 5,5% do capital social total da operadora brasileira.

 

 

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