Os leilões da energia proveniente da Produção em Regime Especial (PRE), "muito maioritariamente proveniente de fontes renováveis", permitiram uma poupança de mais de 100 milhões de euros até 2019, de acordo com os dados adiantados esta quarta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
"Os leilões da energia proveniente da Produção em Regime Especial (PRE), iniciados pela ERSE em 2012, permitiram reduzir o sobrecusto desta energia, pago por todos os consumidores nas tarifas, em mais de 100 milhões de euros entre 2012 a 2019, o que significa uma redução média anual de cerca de 11,2 milhões de euros", refere o regulador da energia, em comunicado.
A ERSE lembra que introduziu em 2011, na regulamentação do setor elétrico, um mecanismo regulado de colocação em mercado a prazo da energia proveniente de Produção em Regime Especial (Leilão PRE).
"O objetivo era permitir aos comercializadores em mercado o acesso a fontes de abastecimento em condições de estabilidade e menor volatilidade do preço e permitir ao comercializador de último recurso (CUR), a quem cabe comprar toda a PRE, diminuir a volatilidade do preço de venda e, com isso, estabilizar o sobrecusto da PRE", pode ler-se no mesmo comunicado.
Recorda ainda o regulador que o "sobrecusto da PRE - a diferença entre o preço pago aos produtores com tarifa garantida e a receita gerada com a venda em mercado - é pago por todos os consumidores, sendo como tal importante assegurar a estabilidade das receitas para o sistema, de modo a reduzir os riscos de variação das tarifas suportadas por todos os consumidores", explica ainda a ERSE.
