De acordo com o documento divulgado na segunda-feira à noite, "em 2021 espera-se que o rácio da dívida pública retorne à trajetória descendente dos anos anteriores a 2020".
"Nesse sentido, prevê-se uma redução do rácio de -3,9 p.p. [pontos percentuais] para 130,9% do PIB. O principal contributo será dado pela retoma do crescimento nominal do PIB e, em segundo plano, pela redução dos depósitos das administrações públicas em cerca de 1,7 p.p. do PIB", pode ler-se no documento hoje divulgado.
As Finanças antecipam ainda que "o saldo primário e os juros deverão contribuir para o aumento da dívida (1,7 p.p. e 2,6 p.p., respetivamente), ainda que esse contributo seja já menor que o estimado para 2020".
Em 2019, o rácio da dívida pública face ao PIB foi de 117,2%.
O Governo apresentou ainda projeções a 15 anos para a dívida pública, em que dá conta de uma redução do seu rácio face ao PIB, progressivamente, até 93,7% em 2035.
Essa análise de sustentabilidade contém estimativas que "têm como pressupostos as previsões macroeconómicas subjacentes ao exercício do grupo de trabalho sobre o envelhecimento populacional e sustentabilidade atualmente em curso, que consideram uma taxa de juro implícita na dívida superior ao crescimento nominal do PIB em 0,08 p.p. no período 2022-2035 (3%)".
"No intuito de se atingir um rácio da dívida de 60% em 2035, o que implicaria uma redução da dívida em mais de metade (-70,9 p.p.) do valor de 2021, o ajustamento orçamental adicional ao previsto para 2021 teria de ser incrementado 6,8 p.p. até 2026, altura em que se manteria inalterado até ao final do período", assinalam as Finanças.
[Notícia atualizada à 1h53]