A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, anunciou os dados na conferência de imprensa após a reunião da Concertação Social, que se realizou por videoconferência.
"Até ao momento, nestes instrumentos que foram criados, o apoio à retoma ou o incentivo à normalização da atividade, no pressuposto de manutenção dos postos de trabalho, temos 58 mil empresas que recorreram a estes instrumentos no 'pós-lay-off' simplificado, abrangendo cerca de 470 mil trabalhadores", disse a ministra.
"A maior parte das empresas que optaram pelo apoio à retoma são as empresas que têm uma quebra de faturação superior a 75%", acrescentou Ana Mendes Godinho.
A ministra lembrou que nesta altura decorre a entrega de pedidos das empresas que pretendam aderir ao apoio à retoma relativo a setembro e outubro, indicando que estes pedidos "serão abrangidos pelas alterações" aprovadas este mês.
O apoio à retoma da atividade entrou em vigor em agosto e veio substituir o 'lay-off' simplificado, estando previsto inicialmente vigorar apenas até dezembro de 2020, mas o Governo já admitiu que vai manter o apoio no próximo ano.
A medida foi reformulada este mês pelo Governo para abranger um maior número de situações, nomeadamente as empresas com quebras de faturação homólogas entre 25% e 40% e também empresas com quebras de faturação acima de 75%, que podem reduzir o horário dos trabalhadores a 100%.