Numa carta aberta a António Costa a que a Lusa teve acesso, a associação, que representa o setor do fitness em Portugal, recorda ao primeiro-ministro que o programa do Governo tem inscrito o objetivo de colocar Portugal, em 2030, como um dos 15 países europeus com maiores índices de atividade física, razão pela qual diz "não perceber o total alheamento" que se tem verificado para com o setor.
"Não descobrimos qualquer medida do Governo de Vossa Excelência que possa ajudar este setor, o qual tem sido, sem dúvida, dos mais prejudicados pela atual situação pandémica. É neste estado de emergência ou sobrevivência que propomos já para o Orçamento do Estado para 2021 a adoção de várias medidas para aumentar os índices de atividades física dos portugueses e para salvar este setor", pede a AGAP.
Entre essas medidas, a AGAP considera que "duas são imprescindíveis no imediato": a redução da taxa de IVA e benefícios fiscais em sede de IRS.
"A redução da taxa de IVA é fundamental para que haja algum oxigénio na operação dos clubes de fitness e saúde, evitando o fechar de portas de muitos destes equipamentos. Quantos mais clubes existirem, mais pessoas teremos a praticar exercício físico", faz notar a associação, que adianta ainda que "os benefícios em sede de IRS serão uma medida muito motivadora para haver cada vez mais pessoas ativas" e "um sinal determinante do Governo para toda a população de que assume a atividade física como promotora de saúde e um bem essencial para a qualidade de vida dos cidadãos".
A AGAP reforça nesta carta aberta que a pandemia de covid-19 "veio salientar os fracos hábitos de atividade física dos portugueses e agravar em muito a baixa cultura desportiva", deixando um apelo final ao primeiro-ministro.
A Portugal Activo|AGAP representa clubes de exercício e saúde privados e do setor que prestam serviços na área da manutenção e melhoria da condição física.