"O que estamos a observar é que é a circulação do vírus que inevitavelmente constrange o comportamento do consumidor, mais do que as próprias medidas de contenção. A questão é conseguir saber é quanto tempo isso vai durar", afirmou o economista irlandês, em entrevista ao jornal francês Les Echos.
Segundo Philip Lane, nas últimas semanas de 2020 não deverão ser registas melhorias na economia.
"Enquanto a vacina não for massivamente distribuída, ficaremos num período de incertezas. A vacina traz principalmente uma perspetiva para o final do próximo ano e para 2022. Não para os próximos seis meses", adiantou.
Apesar disso, o economista considerou que mesmo com a vacina, os danos económicos serão duradouros.
"O PIB não vai voltar ao patamar de 2019 antes do outono de 2022. Haverá efeitos de longo prazo, por exemplo tanto confiança e na economia, como no regresso ao trabalho. A economia europeia sairá desta crise duramente enfraquecida", concluiu.