"A Administração do Banco Mundial vai discutir um empréstimo de 1,5 mil milhões de dólares [1,25 mil milhões de euros] na sua próxima reunião, e possivelmente vai aprovar o pedido", disse Zainab Ahmed, durante uma entrevista à televisão da agência de informação financeira Bloomberg.
O país mais populoso da África subsaariana também está a ponderar aderir à iniciativa de alívio da dívida avançada pelo G20, e está em conversações com os credores comerciais para estudar as implicações da adesão, acrescentou o ministro das Finanças.
"Vamos ponderar aderir desde que seja seguro para nós avançar", disse, explicando que numa primeira fase a maior economia da região não podia aderir porque as implicações eram negativas para os atuais empréstimos dos credores bilaterais e de outros credores internacionais.
Na entrevista, o ministro nigeriano das Finanças disse ainda que o país pondera voltar às emissões de dívida nos mercados internacionais, em 2021, mas apenas se as taxas de juro melhorarem, e vincou que tem aproveitado a boa procura e a liquidez dos mercados internos para se financiar.
A entrevista de Zainab Ahmed acontece poucos dias depois de terem saído os dados do terceiro trimestre, que colocaram a Nigéria em recessão técnica, e num contexto de alargamento da diferença entre a taxa de câmbio oficial do naira e a praticada no mercado paralelo.
"Temos estado a tomar medidas para colmatar esta diferença, e esperamos chegar rapidamente a um nível em que o impacto da taxa de câmbio seja moderado", acrescentou, concluindo que a expectativa é que a Nigéria saia da recessão ainda este ano.