Plano de reestruturação da TAP não é definitivo e pode haver alterações

O ministro das Infraestruturas reiterou hoje que o plano de reestruturação da TAP que foi entregue à Comissão Europeia não é definitivo e que ainda pode sofrer alterações, mas está disponível para "dar a informação que os trabalhadores querem".

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Lusa
15/12/2020 17:25 ‧ 15/12/2020 por Lusa

Economia

TAP

"O plano não é definitivo, está a ser trabalhado com Bruxelas. Há uma interação e no decurso dessa interação pode haver alterações", reiterou Pedro Nuno Santos, que está a ser ouvido na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Inovação, por requerimento do Bloco de Esquerda (BE).

No entanto, o ministro assegurou que o Governo está "absolutamente disponível" para dar mais informações aos trabalhadores sobre o plano que foi entregue a Bruxelas, com reserva de confidencialidade, "para proteger a TAP e o emprego deles".

"Há obviamente responsabilidade e confidencialidade da informação que se viesse a público [...] Isto significa que os trabalhadores não vão ter acesso à informação? Não! Têm direito? Têm. Têm direito de reserva? Têm", respondeu desta forma Pedro Nuno Santos às críticas de alguns deputados de que a Comissão Europeia sabe mais sobre o futuro da TAP do que o parlamento ou os trabalhadores.

O ministro das Infraestruturas sublinhou, ainda, que o Governo está aberto "para continuar a trabalhar com os trabalhadores", no sentido de se "encontrar soluções menos agressivas do que as que estão a ser apresentadas, mas que permitam ter a poupança suficiente para a empresa sobreviver".

O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou o ministro na sexta-feira, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.

O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões.

Como a Lusa noticiou em novembro, a TAP vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial.

Numa comunicação enviada então aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração referia já que "quanto maior for a adesão, menor será a necessidade de outras medidas a decidir futuramente".

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