O relatório de estudo sobre o futuro da agricultura antecipa que, nos próximos dez anos, a produção de carne bovina e suína reduza e aumente a de aves.
As expetativas de Bruxelas apostam também que, até 2030, haja uma redução de 500 mil hectares de terras aráveis e que o crescimento da produção de culturas aráveis na UE seja limitado.
O consumo de leguminosas com forte teor proteico -- como a ervilha, o feijão ou o tremoço -- deverá ter um crescimento de 30% nos próximos dez anos.
No que respeita aos vegetais, Bruxelas antecipa um declínio na produção de tomate na UE, por força da forte concorrência internacional, e um crescimento nas exportações de azeite na ordem dos 4% por ano.
Em relação aos rendimentos agrícolas, estes devem aumentar em linha com o avanço da produção e dos preços, com o valor da produção vegetal a crescer 1,9% ao ano e o da produção animal em 0,9% e os custos a subirem a um ritmo paralelo.
O número de trabalhadores agrícolas na UE deverá recuar perto de oito milhões em 2030.
Para esta avaliação foram tidos em conta, entre outros fatores, as preocupações dos consumidores (nutrição, origem, saúde), as mudanças de hábitos de consumo, o peso do ambiente e clima e a sustentabilidade.
O relatório de prospetiva e estudo sobre o futuro da agricultura foi elaborado no âmbito do Plano de Recuperação para a Europa (Next Generation EU), que contempla uma verba de 7,5 mil milhões de euros na rubrica do desenvolvimento rural.