Joaquim Sousa, da direção nacional do STAL, em declarações à agência Lusa, acusou o grupo EGF de "andar a esquivar-se a negociar um acordo coletivo de trabalho", apesar do "direito constitucional à contratação coletiva".
A ausência de um referencial coletivo permite que existam diferenças salariais para a mesma função, apesar de "todos fazerem o mesmo, desde Viana de Castelo ao Algarve".
Como exemplo, questionou: "Há empresas [do grupo] em que um motorista entra a ganhar mais de mil euros e outras em que entra com o salário mínimo nacional. Porquê?"
Joaquim Sousa salientou também que "a maioria dos trabalhadores tem o salário ao nível do mínimo nacional, no limiar da pobreza".
Privatizado em 2015, a maioria do capital das 11 empresas do grupo EGF é detida pela MotaEngil.
O dirigente do STAL contrapôs ainda que "enquanto o grupo foi público deu sempre resultados positivos", mas agora apresenta negativos. "Como, se os resíduos são cada vez mais? Custa a entender que, de um momento para o outro, empresas que deram milhões de lucro passem a dar prejuízo".
Hoje, acrescentou, foi entregue um abaixo-assinado com "800 assinaturas destes trabalhadores que estiveram na linha da frente, a recolher resíduos".
Aliás, a atribuição de um subsídio de risco extraordinário é uma das reivindicações avançadas pelo STAL, a par de outras, como o aumento imediato dos salários e o respeito pelas normas de saúde e segurança no trabalho.