Uma nota do Ministério da Indústria e Comércio referiu que o executivo angolano está apostado em criar programas de aproveitamento e agregação de valor à produção de mandioca, através da Direção Nacional de Desenvolvimento do Comércio Rural.
A estratégia visa criar programas específicos de aproveitamento da mandioca, através da promoção da produção desta raiz, bem como na criação de incentivos à compra, transformação e consumo dos vários subprodutos derivados da mandioca.
Entre o top 15 mundial de produtores da mandioca, o executivo angolano vê nessa condição, "uma excelente oportunidade para tirar vantagens dessa realidade", apontou a nota, salientando que o Brasil é o campeão na transformação da mandioca, realidade que já chegou a Moçambique e "aos poucos" vai chegando a Angola.
Em Angola, além do aproveitamento da mandioca para a produção da fuba (farinha) de bombó, uso mais comum entre os angolanos, o Governo vai incentivar, este ano, a sua transformação em amido, promovendo o surgimento de pequena e média indústria no meio rural, para a sua consequente exportação em grande escala.
A mandioca, além de ser um alimento nutritivo e versátil, pode ser transformada em amido, que é também usado na indústria alimentar, sendo a China o principal importador mundial.
O maior produtor, a Nigéria, está atualmente a liderar um projeto de uso do amido de mandioca para o fabrico de fibra biodegradável em substituição do plástico nas embalagens, o que constitui também um desafio para Angola.
O assunto foi analisado hoje numa reunião do conselho de direção do Ministério da Indústria e Comércio, quando avaliava o ponto de situação sobre o Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural.