"Os preços dos testes de PCR são diferentes de país para país e tivemos de harmonizar tudo isso, dar melhor visibilidade, em particular aos viajantes que por vezes se perdem nas medidas preventivas para viajar", afirmou presidente da Comissão da CEDEAO, Jean Claude Kassi Brou, numa conferência de imprensa após uma sessão ordinária da organização por videoconferência.
"Como comunidade regional, devemos harmonizar as nossas políticas, as nossas ações e as nossas medidas", sublinhou, indicando que os países-membros se comprometeram a cobrar agora pelos testes de covid-19 o equivalente a 50 dólares (cerca de 41 euros, à taxa de câmbio atual), nas suas respetivas moedas.
Alguns países como o Gana ou a Nigéria cobram valores que podem ir até aos 150 dólares, o que desestimula muitos viajantes, que têm de multiplicar os testes de covid-19 na partida e na chegada.
Jean Claude Kassi Brou anunciou também que um "fundo de vacinas covid" será estabelecido no seio da CEDEAO, financiado pelos governos membros da organização, mas também por parceiros tradicionais.
"Isso permitir-nos-á adquirir vacinas agrupadas, ter mais sorte na disponibilidade [dos laboratórios] e também beneficiarmos de custos mais competitivos", acrescentou o responsável.
Muitos dos países que compõem a região, nomeadamente os menos populosos, ainda não anunciaram a sua estratégia de vacinação e uma possível chegada de vacinas.
A Nigéria, o país com maior população de África, com 200 milhões de habitantes, espera receber 100.000 doses até fevereiro, devido ao mecanismo Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Aliança para as vacinas (Gavi).
No entanto, as campanhas de vacinação em larga escala devem começar mais tarde. O Mali, por exemplo, anunciou na sexta-feira que pretende comprar mais de oito milhões de doses e iniciar a vacinação em abril.