Os resultados do banco espanhol foram comunicados hoje à CNMV de Madrid.
Apesar da queda dos resultados líquidos, os valores do negócio "puramentebancário" cresceram3,8%, até aos 1.336 milhões de euros, o valor mais alto dos últimos três anos, graças à baixa de 02% emgastos e ao aumento de 12,2% das comissões de negócios com clientes, que alcançaram os 1.213 milhões de euros.
O presidente do Bankia, José IgnacioGoirigolzarri, assinalou que apesar de todas as dificuldades e das taxas de juros que se encontra em terreno negativo, o Bankia "fechou um exercício muito positivo em termos de negócio, com importantes crescimentos em créditos a empresas, hipotecas e fundos de investimento".
Goirigolzarri destacou também que 2020 "foi o ano em que culminou o projeto Bankia como entidade independente" tendo em conta a próxima fusão com o CaixaBank e acrescentando que alcançou um "balanço muito positivo em relação aos dez anos de trajetória".
Sobre a solvência, em dezembro, o ratio de capital de máxima qualidade CET1"fullyloaded" - com todos os requerimentos normativos - situou-se em 15,48% em relaçãoaos13.02% de 2019, 710 pontos mais do que o mínimo exigido.
O crédito líquido concedido aos clientes somou 121.000 milhões de euros, após crescer 03% (interanual), e que os depósitos aumentaram "quase o mesmo" alcançando os 128.460 milhões.
A taxa de morosidade de toda a carteira de créditos situou-se em 4,7%, no fim do exercício.
A entidade bancária concedeu 42.600 milhões de euros em créditos a empresas, 17% mais e as formalizações de hipotecas somaram 3.348 milhões, 14,3% mais.
O crédito ao consumo baixou 53,6% e fixou-se em 1.229 milhões.
No que diz respeito à carteira de créditos, o Bankiaconcedeu a entidades autónomas e a pequenas e médias empresas cerca de 11.000 milhões de euros (com o aval do ICO- Instituto de Crédito Oficial) tendo formalizado 49 mil moratórias hipotecárias e 61.500 moratórias em empréstimos ao consumo.
Paralelamente, a entidade continuou a participar no programade avais concebido pelo governo através do ICO, com um desembolso de 10.941 milhões de euros.
A carteira de clientes digitais da entidade representou 60,5 do total, no fecho do exercício, frente a 53,3% de 2019, o que eleva a mais de quatro milhões o número de clientes que se relacionam com o banco digitalmente.
Sobre as vendas digitais, verifica-se um aumento de 46,9% do total, o valor mais elevado pelo banco nesta forma de transação.
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