"Não se prevê que esta opção venha a condicionar a capacidade de refinação nacional, pois haverá uma otimização do processo industrial da refinaria de Sines e, como referido publicamente pela empresa, manter-se-á a sua capacidade de oferta e de fornecimento de produtos petrolíferos ao país", sublinhou a tutela liderada por Matos Fernandes.
Do ponto de vista do Sistema Petrolífero Nacional está, igualmente, assegurada a segurança de abastecimento de produtos refinados, acrescentou.
Questionado sobre o desmantelamento do complexo petroquímico, o ministério frisou que esse é da responsabilidade da empresa proprietária.
Já sobre eventuais questões ambientais espoletadas pela cessação da atividade de refinação de crude, como a descontaminação de solos, o Governo zelará pelo rigoroso cumprimento da legislação aplicável, garantiu.
E, quanto aos futuros negócios, terão de cumprir com os requisitos legais do licenciamento, ressalvou.
A Galp anunciou em dezembro de 2020 a intenção de concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos este ano.
A decisão põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos, conforme estimativas dos sindicatos.
Para contestar este anunciado fecho, mais de 50 trabalhadores da Petrogal manifestaram-se terça-feira em frente à sede da Galp, em Lisboa, seguindo depois para a residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
Por sua vez, a Câmara Municipal de Matosinhos criou um grupo de trabalho especializado e um conselho consultivo para avaliar e refletir sobre o anunciado encerramento.