Projeto de 2,4 milhões foca os setores agrícola e alimentar do Norte
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real, lidera o projeto AgriFood XXI que tem um financiamento de 2,4 milhões e quer contribuir para o aumento da rentabilidade e sustentabilidade dos setores agrícola e alimentar.
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Economia Agricultura
O AgriFood XXI - Desenvolvimento e Consolidação da Investigação nos Setores Agrícolas e Alimentares do Norte de Portugal vai ser desenvolvido até 2023 e envolve ainda as universidades do Porto e do Minho.
A UTAD disse hoje, em comunicado, que o objetivo da investigação, é contribuir para "o aumento da rentabilidade e sustentabilidade" daqueles setores, através da "diminuição do impacto ambiental e da mitigação do impacto do meio ambiente na produção e qualidade dos alimentos".
O projeto vai ser apresentado publicamente a 23 de fevereiro, num seminário que se realizará 'online', tem como foco as produções agrícolas e indústrias alimentares do Norte do país e vai seguir três linhas de investigação.
A academia transmontana especificou que a primeira linha de investigação se vai dedicar às cadeias agroalimentares resilientes aos constrangimentos climáticos e ambientais.
Pretende-se, acrescentou, "o desenvolvimento de sistemas de monitorização integrados baseados em elementos climáticos, ambientais, biológicos e químicos, complementados com soluções inovadoras de engenharia, para o desenvolvimento de medidas de adaptação e de mitigação ambientalmente sustentáveis, eco inovadoras e económicas".
Num segundo ponto, a investigação vai abordar a temática das tecnologias avançadas para o processamento dos alimentos com vista ao aumento da sua segurança, qualidade, valor nutricional e características sensoriais.
Esta linha de investigação tem como objetivo, explicou a UTAD, "o desenvolvimento de tecnologias de processamento de alimentos para a produção de alimentos mais seguros, de melhor qualidade, mais saudáveis e mais convenientes para o consumidor".
"Esta tarefa visa também o desenvolvimento de ferramentas para melhorar a rastreabilidade, garantir a autenticidade dos alimentos", acrescentou.
Por fim, o projeto quer incentivar a valorização de subprodutos alimentares e agroalimentares das produções agrícolas e indústrias alimentares, explorando esses resíduos como fontes de compostos que exibem uma ampla gama de propriedades químicas e biológicas.
"Estes produtos com potencial interesse como agentes bioativos para usos biomédicos e farmacêuticos, ingredientes para aplicações alimentares e matérias-primas para produtos de valor acrescentado, incluindo produtos químicos a granel, permitirão criar oportunidades de negócio que poderão impulsionar o crescimento inteligente da sociedade", salientou a academia transmontana.
O projeto, liderado pela UTAD, está sob a responsabilidade do Centro de Química de Vila Real (CQ-VR) e tem um financiamento de 2,4 milhões de euros comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do NORTE 2020 (Programa Operacional Regional do Norte 2014/2020).
O AgriFood XXI vai ser realizado em copromoção com a UNorte.pt, o consórcio que junta a UTAD e as universidades do Porto e do Minho.
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