O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, fez este anúncio durante o debate parlamentar que teve lugar no parlamento espanhol e em que deu conta da situação atual da pandemia de covid-19 e da aplicação do estado de emergência.
"É uma quantidade importante de recursos para continuar a apoiar nas semanas duras que ainda há pela frente os setores que se encontram numa situação extremamente complexa", explicou Sánchez, acrescentando que os principais beneficiários serão as "empresas, as pequenas e médias empresas (PME) e os trabalhadores independentes".
No entanto, o chefe do executivo espanhol não deu quaisquer detalhes específicos sobre a natureza desta ajuda, apesar de vários setores económicos, em particular o turístico, reclamar há meses uma ajuda financeira direta.
O Governo de esquerda tem recusado até agora esta opção, preferindo a ajuda sob a forma de empréstimos com garantias do Estado, em que já foram libertados 116 mil milhões de euros em linhas de crédito desde o início da pandemia.
O Estado também despendeu cerca de 40 mil milhões de euros para financiar esquemas de trabalho a tempo parcial e apoios aos trabalhadores independentes, segundo Pedro Sánchez.
O Governo central espanhol já transferiu ainda 24 mil milhões de euros para as comunidades autónomas do país, principalmente para as suas despesas em saúde e educação.
O Produto Interno Bruto (PIB) espanhol teve uma queda de 11% em 2020, uma das maiores na Zona Euro, num país que depende muito do turismo, um setor muito atingido pela pandemia de covid-19.
A dívida pública também aumentou cerca de 10% ao longo de 2020, num contexto de forte aumento na despesa pública.
O país também terminou 2020 com mais de meio milhão de desempregados adicionais, particularmente no turismo, e no setor hoteleira e no final do ano passado cerca de 755.000 pessoas ainda estavam ao abrigo de esquemas de 'lay-off', principalmente nestes setores.
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