Apoios a fundo perdido têm de ser reforçados antes de ser retirados

 O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) disse esperar que seja possível retirar os apoios a fundo perdido ao setor ao longo de 2021, mas que antes têm de ser reforçados.

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© Maria João Gala / Global Imagens

Lusa
03/03/2021 07:29 ‧ 03/03/2021 por Lusa

Economia

Covid-19

"Espero bem que seja possível retirar os apoios a fundo perdido ao longo de 2021, têm é de ser reforçados antes de ser retirados. Tem de se dar oportunidade às empresas de os receber", afirmou Pedro Costa Ferreira, em entrevista à agência Lusa.

O responsável disse esperar que os limites do programa Apoiar.pt e do programa de microcrédito do Turismo de Portugal, criados para fazer face aos efeitos da pandemia de covid-19, "sejam revistos verdadeiramente em alta", uma vez que as empresas "estão muito frágeis" e precisam de se preparar para a retoma.

Relativamente às moratórias, atualmente em vigor até setembro, o presidente da APAVT disse ser "impensável" que elas acabem antes do final deste ano, defendendo que "vão ter de ser geridas para além de 2021".

Já quanto às linhas de crédito, Pedro Costa Ferreira acredita que "eventualmente, até ao fim de 2021, estarão tratadas", mas, entretanto, "têm de se manter ativas".

"Se é certo que há empresas que não têm hipótese, ou não querem ter mais crédito, há empresas que acreditam muito no negócio e que sabem que vão pagar esse crédito" ao longo do tempo, apontou Pedro Costa Ferreira.

A APAVT entende, ainda, que o processo de 'lay off' de trabalhadores deve manter-se até ao final do ano.

Questionado sobre se considera ter havido discriminação entre os vários intervenientes que atuam no setor do turismo, relativamente aos apoios concedidos pelo Governo, Pedro Costa Ferreira considerou ser "má política" apontarem uns para os outros e contarem os apoios que cada um tem tido.

"Não sentimos que estejamos a lutar com o Governo para obter mais apoios e muito menos a lutar com associações congéneres para ir buscar uma parte do bolo. Não temos nada essa noção, acho que desta crise ninguém sai sozinho vivo", frisou o responsável.

"Se me pergunta se os apoios têm sido suficientes: não. Se os apoios podem acabar: muito menos. Se os apoios têm de ser reforçados: o mais possível. Mas acho que não podemos falar em discriminação. Nós temos é construído", reforçou.

Leia Também: Flexibilidade usada na TAP seria útil se estendida às restantes empresas

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