Banco Central timorense determina operação de serviços em confinamento

O Banco Central de Timor-Leste (BCTL) determinou hoje um conjunto de medidas que devem ser tomadas pelas instituições financeiras do país para que possam operar dentro das restrições impostas em alguns locais, incluindo Díli, devido à covid-19.

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Lusa
16/03/2021 06:07 ‧ 16/03/2021 por Lusa

Economia

Covid-19

 

Na circular enviada à Lusa, o governador do BCTL, Abraão de Vasconselos, determina que as instituições financeiras devem "reduzir o âmbito das suas operações" em Díli, Baucau e Viqueque, municípios onde está em vigor cerca sanitária e confinamento obrigatório.

Devem "continuar a assegurar o acesso do público aos serviços financeiros essenciais", mantendo as operações com normais nos restantes municípios, explica a circular que abrange bancos, companhias de seguros, operadores de transferências de dinheiro, entre outras.

Para operar, as instituições devem "manter o acesso ao público ao levantamento de numerário", quer em balcões quer em máquinas de levantamento automático ou outros canais.

Ajusta o limite máximo de levantamentos por dia em 'multibancos' para 1.000 dólares e exigindo que levantamentos abaixo desse valor devem ser feitos em ATM, garantindo a disponibilidade de numerário, mantendo "o limiar mínimo operacional em 98%.

As entidades devem ainda assegurar que os canais de pagamento eletrónico estão sempre operacionais, disponibilizar outros serviços financeiros essenciais, incluindo concessão de crédito e transferências, entre outros.

O BCTL aplica ainda um horário mais reduzido de atendimento ao público entre as 09:30 e as 14:00 nos municípios sob confinamento.

A circular revoga instruções dadas na semana passada que determinaram o encerramento do atendimento ao público.

Hoje, mesmo antes da circular ter sido divulgada e com base numa resolução do Governo que considerou os serviços bancários essenciais, os bancos internacionais em Timor-Leste retomaram esses serviços.

Já o responsável do Banco Nacional de Comércio de Timor-Leste (BNCTL), Brígido de Sousa, disse à Lusa que a instituição ia aguardar instruções do BCTL.

Recorde-se que Díli está há uma semana sob cerca sanitária e em confinamento obrigatório, medidas alargadas até pelo menos 02 de abril, depois de se terem registado números recordes de casos da covid-19 em 22 focos na capital.

O país está atualmente com 99 casos ativos, uma cerca sanitária no posto administrativo de Fatumean, no município de Covalima, junto à fronteira com a Indonésia, e cercas sanitárias com confinamento obrigatório a partir de hoje e até 29 de março nos municípios orientais de Baucau e Viqueque.

Leia Também: Covid-19: PIB per capita em Timor-Leste já caiu para níveis de há 12 anos

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