Vistos gold: Investimento chinês recua 28% em 2020 para 158,8 milhões

O investimento chinês captado por via dos vistos gold caiu 28% no ano passado, face a 2019, para 158 milhões de euros, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

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Lusa
20/03/2021 10:49 ‧ 20/03/2021 por Lusa

Economia

Vistos gold

 

No âmbito do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI), foram concedidos no ano passado 296 vistos a cidadãos oriundos da China, totalizando 158 milhões de euros, em plena pandemia de covid-19, o que representa uma quebra homóloga de 28%.

O montante investido pela China em 2020 é praticamente o mesmo valor investido pelo Brasil um ano antes.

Em 2019, tinham sido concedidos 395 ARI à China, num investimento superior a 220 milhões de euros.

No segundo lugar do 'top 5' por origem do investimento está o Brasil, que investiu 83,9 milhões de euros (126 ARI) em 2020, uma queda de 47% face aos 158 milhões de euros (210) um ano antes.

Em terceiro lugar estão os Estados Unidos, cujo investimento aumentou 13% no ano passado, face a 2019, para 49,3 milhões de euros, com 75 vistos 'gold' concedidos, em pleno período da pandemia.

O investimento norte-americano em 2019 tinha ascendido a 43,5 milhões de euros e um total de 65 ARI.

Comparativamente a 2019, o investimento turco ao abrigo deste instrumento caiu 19%, para 34 milhões de euros.

No total, foram concedidos 72 ARI em 2020 (em 2019 investimento foi de 44,9 milhões de euros, tendo sido atribuídos 85 vistos 'gold').

A África do Sul, com um investimento de 36 milhões de euros no passado, num total de 74 ARI, completa a lista dos cinco países que mais investiram em 2020, através dos vistos 'gold'.

Em 2019, a Rússia integrava a lista, com um investimento de 35 milhões de euros, num total de 53 ARI.

O investimento captado através dos vistos 'gold' subiu 13% em fevereiro, face a igual mês de 2020, para 52,3 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do SEF.

O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até fevereiro deste ano - em termos acumulados - um investimento de 5.724.426.273,03 euros. Desde montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de oito anos de programa soma 5.177.461.049,15 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 288.856.120,15 euros.

O investimento captado por via do critério de transferência de capitais ascende a 546.965.223,88 euros.

Leia Também: Primeiro ano de pandemia marcado por grande quebra económica em Portugal

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