Probabilidade de EBA prolongar adesão às moratórias é muito baixa

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, disse hoje no parlamento que a probabilidade de a Autoridade Bancária Europeia (EBA) prolongar a adesão às moratórias de crédito é muito baixa.

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Lusa
30/03/2021 19:00 ‧ 30/03/2021 por Lusa

Economia

BdP

 

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"A probabilidade de a EBA vir a decretar, estender, prorrogar orientações face aquilo que fez em dezembro é muito, muito baixa", referiu Mário Centeno que está hoje a ser ouvido na comissão de Orçamento e Finanças sobre as moratórias de crédito e que por várias vezes foi questionado pelos deputados sobre a possibilidade de esta medida vir a ser prolongada.

Mário Centeno referia-se à decisão da EBA, conhecida em 04 de dezembro, de permitir a reabertura das moratórias de crédito a novas adesões até 31 de março de 2021.

O governador disse ainda que o Banco de Portugal enquanto supervisor tem trabalhado com outros supervisores na avaliação desta situação sendo que "neste momento não há no quadro europeu perspetiva de prorrogação daquelas orientações".

Durante a audição Mário Centeno sublinhou que na maior parte dos países europeus "uma parcela substancial das moratórias já expirou" e que em outros nem sequer se criou este tipo de resposta.

"Temos de entender isto como este equilíbrio mais ou menos geral que tenho apresentado e não ficar focados apenas numa só medida", reiterou.

As chamadas moratórias privadas para o crédito à habitação terminam esta quarta-feira, dia 31 de março, o que significa que muitos particulares retomam o pagamento destes empréstimos já em abril, situação que tem levado deputados de vários partidos a alertar que muitos não terão capacidade financeira para tal e a pedir novas respostas.

A adesão às moratórias públicas por parte de empresas e particulares termina neste dia 31 de março e permitem que no máximo os encargos com o crédito (capital e/ou juros) possam ser diferidos por mais nove meses. Regra geral, contudo, a moratória pública termina em 30 de setembro.

Leia Também: Covid-19: Portugal não pode isolar-se no contexto das decisões europeias

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