"As recuperações estão a divergir perigosamente entre e dentro dos países", com economias com um ritmo de vacinação mais lento, apoio mais limitado e maior dependência do turismo "com pior desempenho", disse a economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, no relatório com as perspetivas económicas hoje divulgado.
Para 2022, o FMI prevê um crescimento global de 4,4%, mais duas décimas de ponto percentual do que há três meses.
Uma das revisões mais notáveis é o crescimento estimado para os Estados Unidos, a maior economia do mundo, que deverá agora expandir-se em 6,4% este ano, mais 1,3 pontos percentuais do que o previsto em janeiro.
Grande parte deste impulso, indica o documento, é dado pelo pacote de estímulo orçamental lançado pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, que também se espera que tenha "impactos positivos nos seus principais parceiros comerciais", particularmente no México.
Para a China, o Fundo espera um crescimento de 8,4% este ano, mais três décimas do que em janeiro, uma vez que "as suas medidas de contenção eficazes, uma resposta poderosa de investimento público e apoio à liquidez por parte do banco central facilitaram uma recuperação robusta".
Outras economias que verão o seu crescimento reforçar-se este ano são o Japão, com uma expansão estimada de 3,3% (mais duas décimas do que em janeiro), a Rússia, com uma taxa de 3,8% para este ano (mais oito décimas do que em janeiro), ou a África do Sul, com uma taxa de 3,1% em 2021 (mais três décimas).
À cabeça do crescimento entre os principais países estará a Índia, para a qual o FMI prevê uma expansão de 12,5% este ano, mais um ponto percentual do que em janeiro.