Wall Street fecha em alta com S&P500 a registar 3.º recorde na semana
A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, com o índice alargado S&P500 a bater recordes pela segunda sessão consecutiva e terceira vez em quatro dias, graças à descida dos rendimentos obrigacionistas que impulsionaram as ações tecnológicas.
© Lusa
Economia Mercado
Os resultados definitivos da sessão indicam que os ganhos mais fortes, entre os principais índices bolsistas, foram apresentados pelo tecnológico Nasdaq, que subiu 1,03%, para os 13.829,31 pontos.
Já o S&P500 avançou 0,42%, para uns inéditos 4.097,17 pontos, ao passo que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,17%, para as 33.503,57 unidades.
A baixa dos rendimentos dos títulos da dívida pública a 10 anos ajudaram as ações das tecnológicas, como Facebook, Amazon ou Apple, que têm estado sob pressão nos últimos meses pela subida daqueles rendimentos.
Depois de terem estado em 1,75% na segunda-feira, estes rendimentos baixaram hoje para 1,63% dos 1,65% de quarta-feira.
A subida do Nasdaq é também de realçar pelo facto de os investidores estarem a recompor as carteiras, aumentando a parte relativa às empresas que se esperem beneficiem com a recuperação da economia.
Os números bolsistas de hoje também incorporam as estatísticas do desemprego, divulgadas hoje, que indicam que os pedidos de subsídios de desemprego na semana passada foram de 744 mil, acima dos 694 mil esperados pelos analistas.
"O aumento nos pedidos de subsídio de desemprego é dececionante, mas não muda a nossa opinião de que nos próximos meses vamos assistir à criação de muitos postos de trabalho com a reabertura da economia", disse o chefe de estratégia de investimentos em ações da LPL Financial, Jeff Buchbinder.
"De facto, não nos surpreenderia que o desemprego regressasse aos níveis anteriores à pandemia antes do final do verão", antecipou.
O otimismo dos investidores resistiu também às considerações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que hoje disse que a economia dos EUA ainda tem caminho a fazer na sua recuperação.
"A recuperação continua a ser desigual e incompleta", disse Powell, durante um encontro promovido pelo Fundo Monetário Internacional, acrescentando que esta desigualdade "é um problema muito sério".
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