"O Plano Ferroviário Nacional permitirá nós pensarmos, em termos em lei, a rede ferroviária que o país quer ter. Outra coisa diferente são as fontes de financiamento para a sua concretização", precisou, Pedro Nuno Santos, em resposta aos jornalistas, à margem da sessão de lançamento do PFN, em Lisboa.
De acordo com o governante, a rede ferroviária, bem como os serviços previstos no plano vão assim ser concretizados "à medida das condições financeiras" do país.
"Sabemos o que é mais importante e vamos priorizando, mas nós não temos, nem é suposto termos, à cabeça, toda a disponibilidade financeira para concretizarmos um plano ferroviário nacional. Seria obviamente impensável", assegurou.
No entanto, referiu ser fundamental ter em lei a definição das prioridades, o que vai ficar concretizado através do plano hoje apresentado.
Contudo, o documento pode ser ajustado, ao longo do tempo, tendo em conta as "dinâmicas económicas e sociais", ressalvou o ministro.
Apesar de não revelar os montantes que podem estar em causa, tendo em conta que o plano ainda não está fechado, Pedro Nuno Santos adiantou que os investimentos serão superiores aos previstos no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que atribuiu 10 milhões de euros à ferrovia.
Isto deve-se são só ao horizonte temporal do plano, mas também a um "conjunto de reivindicações que não estão, nem poderiam estar satisfeitas no PNI 2030, e que o país precisa resolver".
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