"Em janeiro, prevíamos um crescimento de 3%. Os números atuais mostram que será um pouco mais", afirmou Peter Altmaier ao grupo de media Funke, três dias da data prevista para o Governo divulgar a nova previsão.
A maior economia europeia sofreu uma queda de 4,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, mas, segundo o ministro, este ano "há motivos para otimismo".
"Houve um desenvolvimento económico mais sólido do que o esperado", graças sobretudo à indústria, que está a beneficiar da recuperação da economia global, explicou Peter Altmaier, admitindo, no entanto, que as medidas de combate à pandemia estão a afetar gravemente o comércio, a restauração e a hotelaria.
A partir de hoje, a Alemanha volta a aumentar as restrições nacionais para combater os surtos de covid-19.
Um regresso aos níveis de crescimento da economia pré-pandémicos ocorrerá "o mais tardar em 2022", considerou, adiantando que ainda está por sentir o impacto da terceira vaga da crise sanitária, marcada por uma rápida disseminação de diferentes estirpes do coronavírus Sars-Cov-2.
Os principais institutos económicos também os estimaram, na semana passada, que a terceira vaga "vai atrasar a recuperação", embora se tenham mantido mais otimistas do que o Governo, ao prever um crescimento do PIB de 3,7% este ano.
A Alemanha registou na quarta-feira 259 óbitos e 29.518 casos de covid-19, estando com um fator semanal de reprodução (R) de 0,94, o que significa que cada 100 infetados contagiam 94 pessoas.
O país contabiliza 80.893 mortos por covid-19 desde o início da crise, em dezembro de 2019, num total de 3.217.710 pessoas infetadas.
Até agora, menos de 7% da população recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19 e 20,8% uma dose.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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