Bastos e Silva, que falava em Ponta Delgada numa conferência de imprensa sobre apoios para empresas com atividade encerrada em São Miguel, referiu que foi pedida uma reunião com a Comissão Europeia, na quinta-feira, mas "por qualquer razão não foi agendada, estando-se a aguardar o agendamento".
A companhia aérea SATA pediu um auxílio estatal de 133 milhões de euros, tendo a operação sido aprovada por Bruxelas, mas a Direção-Geral da Concorrência iniciou também uma investigação às injeções de capital feitas pelo anterior Governo Regional, socialista, estando em causa cerca de 73 milhões de euros.
As duas transportadoras da SATA (a SATA Air Açores, que viaja dentro do arquipélago, e a Azores Airlines) fecharam o terceiro trimestre de 2020 com prejuízos de 61 milhões de euros, valor superior aos 38,6 milhões negativos do período homólogo de 2019.
A operação da SATA em 2020, à imagem da globalidade das transportadores aéreas, foi fortemente condicionada pela pandemia de covid-19, tendo a empresa parado a operação durante a maior parte do segundo trimestre do ano.
Todavia, os prejuízos globais do grupo açoriano haviam já sido de 53 milhões de euros em 2019, valor em linha com a perda registada em 2018.
Em fevereiro de 2021, o presidente do conselho de administração da SATA declarou que o plano de reestruturação da transportadora prevê o regresso aos lucros em 2023, tendo mostrado confiança em que, a partir desse ano, a operação seja "sustentável".
"Se conseguirmos concretizar tudo como temos planeado, por um lado, e se não houver um agravamento das condições pandémicas ou outras coisas quaisquer que possam vir a surgir, as iniciativas confluem para que 2023 seja, de facto, um ano de inversão e a operação se torne sustentável a partir daí", declarou Luís Rodrigues.
O gestor falava aos jornalistas depois de ter apresentado as linhas gerais do plano de reestruturação da empresa para o período entre 2021 e 2025.