Contudo, no "Panorama do Crédito Soberano da Europa Ocidental, segundo trimestre de 2021", hoje divulgado, a Fitch alerta para que as perspetivas negativas persistem à medida que a crise se desenrola, sublinhando que "o enfraquecimento substancial das finanças públicas e da atividade económica devido à pandemia exerceu pressão sobre os 'ratings' da Europa Ocidental".
Em 2020, a Fitch reviu em baixa os 'ratings' de 11 Estados soberanos e a partir de abril de 2021 as 'perspetivas negativas' representam 23% da carteira de notações soberanas da Europa Ocidental, refere a empresa, precisando que cinco países -- Bélgica, França, Islândia, San Marino e Reino Unido -- permanecem com 'perspetivas negativas' e que não houve alterações das perspetivas ou notações na região este ano.
Para a recuperação económica que prevê para este ano na Europa Ocidental, a Fitch sublinha que, além do plano de estímulos dos EUA, muitos países (incluindo a Alemanha, Itália e Reino Unido) anunciaram uma maior flexibilização orçamental e o fundo da Próxima Geração da UE (NGEU) dará um impulso considerável ao crescimento das economias da UE em 2022.
Em relação ao lançamento da vacina, a Fitch afirma que este tem sido desigual, estando no bom caminho no Reino Unido, mas na UE só agora a ganhar ritmo após um arranque lento, mas que acredita que a crise sanitária relacionada com a covid-19 irá atenuar até meados do ano, permitindo que o contacto social comece a recuperar.
No que toca às pressões orçamentais além da pandemia, a agência de 'rating' destaca que "o défice agregado das administrações públicas na Europa Ocidental deteriorou-se para 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, contra 0,5% em 2019, e que a dívida também aumentou acentuadamente, para 94,1% do PIB, contra 80,4% em 2019.
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