Portugal coloca 1.250 milhões em dívida a 10 e 15 anos a juros mais altos

Portugal colocou hoje 1.250 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de 10 e 15 anos, a juros positivos e a subirem face aos anteriores leilões comparáveis, foi hoje anunciado.

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Lusa
12/05/2021 ‧ 12/05/2021 por Lusa

Economia

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Segundo a página do IGCP, que gere a dívida pública, na agência Bloomberg, foram colocados 551 milhões de euros em OT com maturidade em 17 de outubro de 2031 (cerca de 10 anos) à taxa de juro de 0,505%, superior à de 0,237% registada num leilão com prazo semelhante em 10 de março, quando foram colocados 625 milhões de euros.

A procura cifrou-se em 1.360 milhões de euros, 2,47 vezes o montante colocado.

Com maturidade em 12 de outubro de 2035 (cerca de 15 anos e meio), Portugal colocou hoje 699 milhões de euros à taxa de juro de 0,841% e a procura atingiu 1.172 milhões de euros, 1,68 vezes o montante colocado.

Em relação ao prazo mais longo, de cerca de 15 anos, no anterior leilão comparável, em 13 de janeiro, foram colocados 750 milhões de euros em OT com maturidade em 12 de outubro de 2035 (cerca de 15 anos) à taxa de juro de 0,319% e a procura atingiu 1.911 milhões de euros, 2,55 vezes o montante colocado.

O IGCP anunciou que hoje realizava dois leilões de Obrigações do Tesouro com maturidades em 17 de outubro de 2031 (cerca de 10 anos) e em 12 de outubro de 2035 (cerca de 15 anos) com um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Para Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, o aumento das taxas de juro hoje verificado "não é exclusivo de Portugal, mas sim de toda a dívida soberana, tanto europeia como americana".

"A retoma gradual das diferentes economias, tem levado a subidas nas previsões do crescimento globalmente, bem como taxas de inflação mais elevadas", sublinhou, adiantando que "muito se especula sobre a altura em que os bancos centrais irão começar a abrandar os programas de compra de ativos e nesse sentido o movimento que se assiste nas taxas acaba por ser natural".

Filipe Silva referiu ainda que "as subidas atuais estão a ser monitorizadas pelos bancos centrais e não são necessariamente negativas".

Contudo, sublinhou que se estas subidas "forem muito rápidas poderão trazer novos problemas, em especial nas economias mais endividadas".

[Notícia atualizada às 12h22]

Leia Também: Portugal volta ao mercado para colocar até 1.250 milhões em dívida

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