De acordo com o calendário de divulgação dos 'ratings' de soberanos da agência de notação financeira norte-americana, está agendada para hoje uma pronúncia acerca de Portugal.
No dia 29 de abril, a Fitch previu para Portugal uma perspetiva 'estável' do 'rating' 'BBB' no segundo trimestre deste ano, porque acredita que o rácio da dívida/PIB retome uma trajetória descendente baseada numa política orçamental prudente.
No "Panorama do Crédito Soberano da Europa Ocidental, segundo trimestre de 2021", a agência de 'rating' Fitch estima "uma melhoria do potencial de crescimento a médio prazo de Portugal, particularmente se apoiado por reformas estruturais".
Como riscos negativos para Portugal, a Fitch sublinha "uma deterioração das perspetivas a médio prazo projetadas para as finanças públicas" e um "renovado 'stress' no setor financeiro que requer um apoio adicional significativo do setor público e/ou afete a estabilidade financeira e as perspetivas de crescimento".
A empresa refere que "existe incerteza quanto ao futuro apoio ao Novo Banco e à companhia aérea portuguesa TAP" e que "o apoio relacionado com a pandemia, sob a forma de linhas de garantia estatal, aumentou o passivo contingente do Estado".
Em relação ao turismo em Portugal, a Fitch sublinhou então que a recuperação no setor continua a ser uma incerteza fundamental para as previsões de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) e que para 2021 assume que as receitas do turismo recuperarão 50% dos níveis de 2019.
A última revisão do 'rating' da Fitch para Portugal foi em divulgada em 20 de novembro de 2020.
Na altura, a agência de notação financeira manteve o 'rating' da dívida de longo prazo de Portugal em BBB, nível de investimento, e com perspetiva estável, alertando para os níveis de dívida pública.
No dia 12 de março, a Standard and Poor's (S&P) não se pronunciou acerca da classificação da dívida portuguesa nos mercados financeiros, mantendo-a em nível de investimento (BBB) com perspetiva estável.
Duas semanas antes, a DBRS Morningstar também manteve a classificação da dívida pública portuguesa em BBB (alto) com perspetiva estável, em nível de investimento.
A DBRS Morningstar foi a primeira agência a pronunciar-se sobre o 'rating' de Portugal este ano, mantendo a tendência do ano passado, em que a Fitch, Standard and Poor's e Moody's mantiveram a classificação da dívida nacional em nível de investimento.
Em julho de 2020, a Moody's não se pronunciou sobre o 'rating' e perspetiva de Portugal, mantendo a classificação de Baa3, acima do 'lixo', para a dívida de longo prazo e a perspetiva positiva, feita em 2019.
O 'rating' é uma classificação atribuída pelas agências de notação financeira que avalia o risco de crédito (capacidade de pagar a dívida) de um emissor, que pode ser um país ou uma empresa.
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