De acordo com o relatório sobre Movimentação de Hóspedes no primeiro trimestre do ano, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde, os hotéis do arquipélago receberam neste período 12.098 hóspedes, uma quebra de 93,6% face aos 189.110 do mesmo período de 2020, antes dos efeitos da pandemia de covid-19.
Nos primeiros três meses deste ano, os hotéis cabo-verdianos registaram 28.912 dormidas, contra as 1.102.883 no primeiro trimestre de 2020 (-97,4%), a estadia média passou de 5,6 noites para 2,2 noites (em 2021) e a taxa de ocupação das camas, que de janeiro a março de 2020 foi 52%, passou para apenas 7% no mesmo período de 2021.
Segundo o INE, o principal mercado emissor de turistas no primeiro trimestre foi Portugal, com 16,6% do total das entradas, destronando a liderança habitual dos turistas do Reino Unido. Isto será devido, nomeadamente, à obrigatoriedade de cumprimento de quarentena, decretada pelas autoridades britânicas, no regresso de Cabo Verde, como medida preventiva à transmissão da covid-19.
Seguiram-se, como principais países emissores de turistas para Cabo Verde, França (8,6%), Estados Unidos (6,1%) e Espanha (2,8%).
Relativamente às dormidas, Portugal também passou a ocupar o primeiro lugar, com 14,6% do total, seguido da França (8,6%), Estados Unidos (5,4%) e Espanha (4,3%).
Ainda segundo o relatório do INE, a análise por tipo de estabelecimentos revela que os hotéis continuaram a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados em Cabo Verde, representando 79,1% do total das entradas, seguindo-se as residenciais (8,3%), os aparthotéis (6,0%) e as pensões (4,5%).
A ilha do Sal "continuou a ter maior acolhimento", com 40,2% do total das entradas de turistas em Cabo Verde, seguida da Boa Vista, com 28,1%, e de Santiago, com 16,0%.
O turismo representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, mas o setor está praticamente parado desde final de março de 2020, devido às restrições às viagens, impostas para conter a transmissão de covid-19, após o recorde histórico de 819 mil turistas em 2019.
Em todo o ano de 2020, o setor perdeu mais de 600 mil turistas, uma quebra superior a 70% face ao ano anterior.
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