Os trabalhadores dos TST-Transportes Sul do Tejo marcaram dois dias de greve para hoje e sexta-feira.
Em declarações à Lusa cerca das 07:30, João Saúde da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), disse que a adesão à greve dos trabalhadores que teve início às 03:00 de hoje está entre os 90 e os 95%.
"A adesão é grande. a maioria dos motoristas aderiu à greve. Os autocarros que estão a circular são de serviços de aluguer e transporte escolar", disse.
João Saúde indicou ainda que hoje de manhã os trabalhadores vão reunir-se em plenário.
O sindicalista recordou que em 20 de maio os trabalhadores tinham dado 15 dias à empresa para responder à exigência de atualização salarial e, como não obtiveram resposta, decidiram avançar para a greve.
"Os trabalhadores tinham suspendido qualquer reivindicação devido à pandemia de covid-19 até 20 de maio, dia em que os trabalhadores fizeram um plenário e decidiram apresentar uma proposta à empresa de atualização salarial de 50 euros para o salário dos motoristas. Demos 15 dias à empresa para responder ou entregar uma contraproposta, mas até ao momento isso não aconteceu", contou.
João Saúde explicou que os trabalhadores exigem a atualização dos seus vencimentos porque entendem que "não podem estar a ganhar o salário mínimo nacional", sublinhando que a profissão de motorista é uma profissão de grande responsabilidade e sujeita a um enorme esforço em termos de horários.
Além da atualização salarial, os trabalhadores reivindicam também a criação de um acordo de empresa e a situação de créditos vencidos.
A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na península de Setúbal, abrangendo os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, efetuando serviços de transporte de passageiros, através de carreiras urbanas, suburbanas e rápidas.
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