A Comissão Europeia deverá aprovar o plano de recuperação e resiliência (PRR) português no dia 16 de junho, quarta-feira, dia em que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se desloca a Lisboa, com o objetivo de anunciar formalmente a aprovação do documento português, ainda sujeito a aprovação pelo colégio.
Depois de a própria Von der Leyen ter anunciado, na passada terça-feira, que a Comissão iria "começar a aprovar já na próxima semana os planos para adoção do Conselho", o executivo comunitário anunciou que a presidente vai deslocar-se a cinco Estados-membros entre 16 e 18 de junho, para anunciar o resultado das primeiras avaliações que Bruxelas se prepara para finalizar, 'antecipando' assim os cinco primeiros países que verão os seus PRR aprovados: Portugal e Espanha (16 de junho), Grécia e Dinamarca (dia 17) e Luxemburgo (18).
A porta-voz do executivo comunitário Dana Spinant sublinhou que o anúncio da aprovação dos primeiros planos para os Estados-membros acederem aos fundos do pacote de recuperação «NextGenerationEU» está ainda sujeito a aprovação pelo colégio de comissários, e, embora se tenha escusado a entrar em detalhes sobre o calendário preciso deste processo, tal deverá suceder na reunião semanal agendada para terça-feira, 15 de junho.
Esta informação confirma a notícia avançada pelo El País de que Portugal e Espanha seriam dos primeiros países a verem os seus planos aprovados.
Ao que indicava o jornal espanhol, Bruxelas planeia, por agora, aprovar os planos de Portugal e de Espanha, para que possam ser adotados pelo Conselho.
Citando fontes diplomáticas, o El País diz que a Comissão Europeia quer "premiar" o trabalho dos dois países, que negociam os seus planos desde outubro do ano passado. Além disso, quer também que os cidadãos dos dois países entendam que o executivo comunitário está a atuar para impulsionar a recuperação das suas economias.
Portugal, que foi o primeiro Estado-membro a entregar formalmente em Bruxelas o respetivo PRR, em abril, espera que o mesmo esteja no primeiro grupo de planos a serem aprovados pela Comissão e adotados pelo Conselho de ministros das Finanças da UE (Ecofin), sob presidência portuguesa até final de junho.
O plano português prevê projetos de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido.
[Notícia atualizada às 11h58]
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