Segundo o INE, a informação quantitativa mais recente disponível para abril e maio revela taxas de crescimento historicamente elevadas, devido em grande medida a um efeito de base, visto que a comparação incide sobre meses fortemente afetados pela pandemia (abril e maio de 2020), em que se registaram os níveis mais reduzidos e os maiores decréscimos homólogos de todo o período pandémico.
No entanto, acrescenta, em geral, os indicadores de curto prazo ainda não atingiram em abril os níveis do período homólogo de 2019 "e a atividade turística ainda se encontra longe dos resultados do período homólogo de 2019".
No caso das exportações de bens em termos nominais, o nível registado em abril foi superior ao do mesmo mês de 2019.
Os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) apresentaram, em abril de 2021, os valores máximos das respetivas séries, refletindo o forte efeito de base causado pelas reduções intensas verificadas em abril de 2020.
Em maio, o indicador de clima económico aumentou "de forma expressiva" (dos 0,8 pontos observados em abril para 1,8 pontos em maio), superando o nível observado no início da pandemia (março de 2020).
De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,9% em abril, mais 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior (6,9% em janeiro e 6,4% em abril de 2020). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 12,9%, valor idêntico ao de março (13,7% no período homólogo de 2020).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor foi de 1,2% em maio (0,6% em abril) e o índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em maio uma taxa de variação homóloga de 6,3% (3,4% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado desde agosto de 2011.
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