"Obviamente que há coisas positivas e coisas que podiam ter sido feitas e não foram, mas não arrisco para já um balanço", disse o economista à agência Lusa em Coimbra, na Faculdade de Economia, no âmbito da conferência "Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia: que balanço", que decorreu esta tarde.
O professor universitário e antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações [2009-2011] considera que "ainda é cedo para fazer um balanço" e que se deve primeiro deixar terminar a presidência portuguesa (30 de junho) e ter alguns meses para fazer esse balanço".
"Faço uma apreciação geral positiva, particularmente naquilo que diz respeito a aspetos que coincidiram com a presidência portuguesa, que estou certo teve uma influência positiva, designadamente na aprovação, um pouco mais rápida daquilo que é habitual, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)", frisou.
Salientando a importância dessa aprovação na recuperação económica europeia, o economista António Mendonça referiu, no entanto, que "há outros aspetos que interessa ainda aprofundar a discussão".
O presidente da Delegação Regional do Centro e Alentejo da Ordem dos Economistas questiona se Portugal poderia ter feito mais na presidência semestral e diz que a resposta só pode ser dada "dentro de alguns meses, quando todas as dimensões da presidência portuguesa possam ser objeto de análise e de quantificação".
A conferência "Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia: que balanço" foi organizado pela Delegação Regional do Centro e Alentejo da Ordem dos Economistas, em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
A 01 de janeiro deste ano Portugal assumiu a presidência semestral do Conselho da União Europeia, que termina a 30 de junho.