Crescimento da economia grega revisto em alta para 4,3% este ano

Bruxelas reviu em alta o crescimento da economia grega para 4,3% este ano, contra 4,1% na primavera, sustentando que a "procura interna deverá ser o principal motor do crescimento", segundo as previsões da Comissão Europeia hoje divulgadas.

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Lusa
07/07/2021 10:15 ‧ 07/07/2021 por Lusa

Economia

Previsões

 

De acordo com as previsões de verão hoje divulgadas em Bruxelas, o crescimento da economia grega deverá acelerar para 6% em 2022, mesmo valor da primavera, e espera-se que as medidas tomadas no início do ano, juntamente com o impulso do Plano de Recuperação e Resiliência do país, reforcem a procura interna, que deverá ser o principal motor do crescimento, tanto em 2021 como em 2022.

"A recuperação das exportações de serviços depende fortemente das perspetivas para o turismo, que se prevê que se mantenha abaixo dos níveis de 2019 ao longo do horizonte de previsão", afirma a Comissão Europeia, sublinhando que "os planos de emprego otimistas na maioria dos setores empresariais deverão conduzir a uma diminuição marginal da taxa de desemprego em 2021".

Tendo como pano de fundo o levantamento gradual das restrições em todo o país, espera-se que as medidas de política de emergência amorteçam os problemas de liquidez das empresas, rendimentos e empregos, e desempenhem um papel crucial no relançamento e apoio à atividade económica, adianta.

Em relação à taxa de inflação da Grécia, Bruxelas prevê que esta seja de -0,4% em 2021 e 0,5% em 2022.

"As pressões inflacionistas globais levaram a preços mais elevados dos fatores de produção, mas espera-se que a limitada repercussão nos preços ao consumidor, juntamente com as pressões desinflacionistas no setor dos serviços, contenha qualquer pressão ascendente sobre os preços ao consumidor", afirma a Comissão Europeia.

Bruxelas refere ainda que "esta previsão permanece sujeita a um elevado nível de incerteza, particularmente em relação ao setor do turismo após a flexibilização das restrições devidas à covid-19", sublinhando que "riscos adicionais decorrem da rapidez da recuperação do setor privado após a eliminação gradual das medidas de apoio, que terá de ser cuidadosamente calendarizada para evitar uma vaga de novas falências e limitar quaisquer ramificações no mercado de trabalho".

"Do lado positivo, as poupanças acumuladas durante a pandemia poderão impulsionar as despesas no futuro", sublinha.

Leia Também: Bruxelas melhora previsões da zona euro. Regressa ao pré-crise este ano

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