Apesar da pandemia que o país e o mundo atravessam há quase ano e meio, o Governo destaca, esta sexta-feira em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, que os apoios extraordinários criados neste contexto pandémico para apoiar as empresas e garantir a manutenção dos postos de trabalho "têm-se revelado fundamentais" e "essenciais para, ao longo dos últimos 16 meses, garantir rendimentos aos trabalhadores e às famílias".
Se, refere o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), este apoios ajudaram, num primeiro momento, a travar "um crescimento avassalador do desemprego", agora "estão a permitir que a transição para a normalização da atividade das empresas ocorra com rapidez e celeridade, sempre com a preocupação de salvaguardar o máximo de postos de trabalho".
"As medidas de apoio ao emprego e às empresas foram sem dúvida essenciais para amortecer uma subida descontrolada do desemprego e estão a revelar-se fundamentais para acelerarem a estabilização da atividade e o regresso à normalidade. Em junho atingimos o maior número de pessoas a trabalhar de sempre e o desemprego continua a diminuir todos os meses. Este esforço continua e por essa razão foi ontem prolongado o Apoio à Retoma até ao final das restrições pandémicas”, afirma a ministra Ana Mendes Godinho.
Citando dados recentes divulgados pelo INE sobre o mercado de trabalho em Portugal, a tutela salienta que no passado mês de junho "já haviam sido recuperados 56 mil desempregados (...) o que significa que duas em cada três pessoas desempregadas por causa da pandemia já não se encontram nessa situação".
Também "a população empregada atingiu em junho um máximo histórico pelo segundo mês consecutivo", com o número de pessoas com trabalho a ser em junho "superior em quase 100 mil pessoas àquele que foi registado em fevereiro de 2020, imediatamente antes da pandemia, e superior em 36 mil pessoas ao máximo histórico registado antes da pandemia, em agosto de 2019".
Vamos a contas
De acordo com o MTSSS, no âmbito dos apoios extraordinários criados para apoiar o emprego e as empresas - layoff, Apoio à Retoma ou Incentivo à Normalização da Atividade - foram "pagos um total de 2.333 milhões de euros, cerca de metade dos quais em 2021".
O Apoio à Retoma, que chegou, até ao momento, a "um total de 329 mil trabalhadores e 44 mil empresas", realizou pagamentos no valor "de 589 milhões de euros".
O layoff simplificado abrangeu este ano "57 mil empresas e 317 mil trabalhadores", tendo sido pagos pela Segurança Social "mais de 1.223 milhões de euros às empresas".
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