"O aumento das reservas ajudará a construir resiliência externa e vai apoiar as reformas em curso relativamente ao mercado cambial", disse o banqueiro central, Dier Tong Ngor, citado pela agência de notícias francesa, AFP.
Este é o segundo empréstimo do FMI ao Sudão do Sul este ano, depois de o país ter esgotado as reservas em divisa externa no ano passado, devido à descida do preço do petróleo e às consequências da pandemia de covid-19, que originou uma crise monetária e uma forte subida da inflação.
No início deste ano, um dólar norte-americano valia 700 libras sudanesas no mercado negro, a taxa de câmbio mais fraca desde a independência do país, há uma década.
Quando se separou do Sudão, após uma guerra de secessão de décadas, o país herdou mais de três quartos das reservas petrolíferas do Sudão, mas os cinco anos de guerra civil que se seguiram, que custaram a vida a 380 mil pessoas, dizimaram a sua economia, que foi incapaz de se diversificar e está quase inteiramente dependente do petróleo.
Em agosto, o Governo anunciou que tinha ficado sem reservas cambiais e que não podia suportar os salários dos funcionários públicos, mesmo depois de o FMI ter aprovado, em abril, ajuda de emergência no valor de 174 milhões de dólares (148 milhões de euros).
De acordo com a AFP, uma das razões que contribuiu para esta situação foi as cheias devastadoras que assolaram o país e ampliaram a crise humanitária, mas a corrupção e a má gestão das finanças públicas também são frequentemente apontadas como razões para os problemas económicos do mais jovem país do mundo.
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