Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte adiantou que os trabalhadores vão concentrar-se, a partir das 08:00, no Lar Almeida da Costa, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, onde deverá ser aprovada uma moção.
O objetivo desta contestação é exigir estabilidade nos horários de trabalho que permitam a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar, sublinhou.
Pedir a redução dos ritmos de trabalho "intensos" e melhores condições de saúde, assim como o "respeito" pela carga horária diária e semanal prevista na contratação coletiva e na lei é outro dos propósitos da greve, ressalvou.
O sindicato reforçou ainda que os trabalhadores querem a admissão de novos colaboradores para reduzir os ritmos de trabalho, substituir ausências e vagas e melhorar as condições de serviço aos utentes.
Prevendo uma "grande adesão à greve", a estrutura sindical referiu que os trabalhadores pretendem aumentos salariais "dignos e justos", anulação do "clima de pressão e assédio" existente e melhores condições de higiene, segurança e saúde.
Com esta paralisação, os funcionários da Misericórdia de Gaia pretendem ainda alertar para a necessidade da sua remuneração ser de acordo com as funções que exercem, tal como a sua classificação, reforçou.
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte vincou que a Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia contratou novos trabalhadores para substituir os grevistas tendo, por isso, protestado junto da empresa e denunciado a situação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Em declarações à Lusa, o diretor-geral da instituição, João Paulo Coelho, mostrou-se surpreendido com a realização desta greve por ter com os sindicatos uma "postura de abertura, transparência e diálogo".
"Temos procurado atingir os melhores resultados para as partes, acautelando os vetores da legalidade laboral, sustentabilidade e melhoria das condições de trabalho", disse.
João Paulo Coelho sublinhou que a instituição tem sido "muito auditada", estando a situação dentro da "regularidade" considerando, por isso, que a greve não tem razão de ser.
Contudo, o diretor-geral vincou que a Santa Casa "não colocou de parte", nos diálogos que mantém com os sindicatos, a possibilidade de uma melhoria dos salários.
Quanto às acusações de estarem a substituir os grevistas, o responsável refutou essas imputações e explicou que a instituição está a substituir os trabalhadores que estão de baixa.
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