O produto interno bruto (PIB) disparou 15,5% no 2.º trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em cadeia, ou seja, face aos primeiros três meses do ano - marcados também pelo confinamento - o PIB cresceu 4,9%, revelou o INE, confirmando os dados provisórios divulgados há um mês.
"O PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior). Esta evolução é influenciada por um efeito de base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica", refere o INE.
Na estimativa rápida conhecida em 30 de julho, a autoridade estatística nacional já indicava que o PIB teria registado um crescimento de 4,9% no segundo trimestre face ao primeiro e de 15,5% face ao mesmo período do ano passado.
"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo, enquanto o contributo da procura externa foi nulo. Refira-se ainda que no 2º trimestre de 2021, em termos homólogos, se registou uma perda nos termos de troca, tendo o comportamento do deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos", justifica a agência de estatísticas.
Quais são as previsões para 2021?
O PIB registou uma contração de 7,6% em 2020, esperando o Governo que a economia cresça 4,0% no conjunto deste ano, um desempenho inferior aos 4,8% projetados pelo Banco de Portugal, mas mais otimista do que o das restantes entidades que fazem projeções para a economia portuguesa.
Para o Conselho de Finanças Públicas (CFP), o PIB deverá crescer este ano 3,3%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia apontam para 3,9% e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipa 3,7%.
[Notícia atualizada às 11h14]