Greve à limpeza dos comboios com adesão elevada mas sem perturbações

Os comboios e as estações da CP estão hoje sem limpeza devido à greve dos trabalhadores da Ambiente e Jardim, que, no entanto, não causou nenhuma supressão na circulação durante a manhã.

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Lusa
01/09/2021 15:53 ‧ 01/09/2021 por Lusa

Economia

comboios

 

Os trabalhadores iniciaram hoje uma greve de seis dias contra a falta de pagamento dos salários de julho e agosto por parte da empresa de limpeza industrial Ambiente e Jardim e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD), a adesão foi quase total a nível nacional.

"A adesão à greve na limpeza dos comboios foi de 100% em Faro, Coimbra e Entroncamento, de 99% na zona do Porto e de 95% na zona de Lisboa, enquanto na limpeza das estações foi de 100%", disse à agência Lusa Vivalda Silva, coordenadora do STAD.

A CP tinha admitido em comunicado que esta greve poderia causar algumas perturbações na circulação de comboios, mas fonte oficial da empresa disse à Lusa que durante a manhã não houve qualquer supressão.

Os cerca de 500 trabalhadores da Ambiente e Jardim têm continuado a desempenhar o serviço de limpeza dos comboios da CP, das estações ferroviárias da IP -- Infraestruturas de Portugal, e da Câmara Municipal de Sintra, apesar de estarem sem receber salário há dois meses.

Os trabalhadores já concretizaram várias ações de luta e o STAD tem tido reuniões com os clientes da Ambiente e Jardim, que têm vindo a substituir esta empresa por outras do setor, que asseguraram aos trabalhadores a manutenção dos respetivos postos de trabalho.

O Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e a Câmara Municipal de Sintra também tomaram essa decisão recentemente e o STAD espera que a CP e a IP também o façam.

Vivalda Silva disse à Lusa que a CP convocou o sindicato para uma reunião ao início da tarde e afirmou que a greve deverá ser levantada se a empresa apresentar uma solução para a situação.

Fonte da CP disse à Lusa que a CP vai rescindir o contrato com a Ambiente e Jardim e lançar um concurso com urgência para um novo contrato.

Segundo o STAD, esta não é a primeira vez que os salários estão em atraso, uma vez que as remunerações de maio só foram pagas no dia 15 de junho, após uma greve dos trabalhadores.

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