Wall Street fecha sem rumo mas a diluir o abalo causado pela Evergrande

A bolsa nova-iorquina fechou hoje sem rumo, num dia em que procurou recuperar do abalo da véspera, causado pelo receio de uma falência do conglomerado imobiliário chinês Evergrande.

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Lusa
21/09/2021 23:37 ‧ 21/09/2021 por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,15%, para os 33.919,84 pontos, e o alargado S&P500 abandonou 0,08%, para as 4.354,19 unidades. Pelo contrário, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,22%, para os 14.746,40 pontos.

"Houve uma recuperação, mas foi fraca", sintetizou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities. "Isto mostra que os investidores continuam concentrados nas principais preocupações que são evidentemente a Evergrande na China e o comité monetário da Reserva Federal" (Fed), acrescentou.

Para este analista, os investidores "não têm muito medo da Fed", que ainda não deve anunciar qualquer decisão sobre a redução do seu programa de compra de ativos.

A reunião daquele comité da Fed (FOMC, na sigla em Inglês) começou hoje e acaba na quarta-feira, após o que se segue uma conferência de imprensa pelo seu presidente, Jerome Powell.

Já a situação que se vive na China, com a Evergrande, preocupa os investidores, acentuou o economista da Spartan Capital, os quais "querem saber como vai evoluir a situação e se pode ter repercussões para a economia mundial".

O promotor imobiliário chinês tem uma dívida estimada em cerca de 300 mil milhões de dólares (256 mil milhões de euros) e esta com dificuldade em honrar os seus compromissos, o que faz recear a sua bancarrota.

"Se fecharem e não forem salvos -- o que duvido porque a China vai provavelmente socorrê-los -, isso vai ser doloroso, com incumprimentos massivos que poderiam diminuir a atividade económica na China e pesar sobre a economia internacional", avançou Cardillo.

O presidente da entidade reguladora do mercado de capitais dos EUA (SEC, na sigla em Inglês), Gary Gensler, assegurou, por seu lado, que o sistema económico do país estava mais bem preparado do que em 2008, ocasião da crise financeira e imobiliária, para enfrentar as repercussões financeiras de uma falência de um grupo como a Evergrande.

Depois da queda severa de Wall Street na segunda-feira, quando os índices conheceram a sua pior sessão desde a primavera, os investidores aproveitaram os preços baixos para fazerem bons negócios, salientaram os analistas do Wells Fargo.

A questão da subida do limite da dívida pública dos EUA continuou a captar a atenção dos investidores. Em causa está a possibilidade de o Estado federal ficar sem financiamento, o que levante o espetro de um incumprimento, o que nunca aconteceu na história.

Um bom indicador sobre o mercado imobiliário em agosto ajudou a dar confiança. O lançamento da construção de casas novas nos EUA voltou a crescer (3,9%), depois de uma baixa em julho, e as licenças de construção também subiram.

O Dow Jones, que tinha começado em alta no início da sessão, mantendo a tendência ao longo do dia, acabou por cair perto do fecho, depois de a Disney indicar que os atrasos na produção, causados pela pandemia do novo coronavírus, iam também afetar a subida das assinaturas. O grupo de entretenimento acabou em baixa de 4,17%.

Leia Também: Wall Street segue em alta após a sua pior sessão desde maio

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