"Insistimos na necessária redução da carga fiscal para as empresas e para o consumidor. Aqui não falamos apenas de IRC e IRS, mas também todos os impostos associados ao investimento e consumo e as tributações autónomas", disse a associação à Lusa.
Entre as linhas prioritárias que a APED considera que devem ser contempladas na proposta de OE2022, que será conhecida em 11 de outubro, estão apoios às empresas, "com incentivos à formação e à requalificação dos recursos humanos, com foco especial nos dossiês da digitalização das empresas e das alterações decorrentes da legislação ambiental e seus objetivos".
Para a associação, "as mudanças nas empresas não podem ser feitas sem os apoios necessários e o setor da distribuição está a ser particularmente visado pela legislação nacional e europeia em matérias tão diversas como o plástico e a sua utilização racional, o combate ao desperdício alimentar, o plástico de uso único e temas adjacentes".
Por fim, a APED entende também que deve estar incluído "investimento em infraestruturas que possibilitem a capacitação do país para a transição digital e medidas de apoio à descarbonização das empresas e dos seus processos, quer através de incentivos fiscais quer pela via do investimento direto".
"A APED considera que o OE 2022 deve privilegiar a recuperação económica das empresas, o reforço das políticas de saúde, do emprego e a estabilidade de várias matérias essenciais para a sociedade", apontou.
De acordo com a nova Lei de Enquadramento Orçamental, a proposta de OE2022 tem de ser entregue no parlamento até dia 10 de outubro (em vez de até dia 15 de outubro, como aconteceu nos anos anteriores).
Segundo disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças, tendo em conta que, este ano, o dia 10 de outubro é a um domingo, a proposta de OE2022 será entregue no dia útil seguinte, ou seja, na segunda-feira, dia 11.
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