"Instituições financeiras que detêm 29,3 biliões de dólares [cerca de 25 biliões de euros] em ativos estão a convocar as empresas de maior impacto do mundo a definir metas de redução de emissões com base científica, alinhadas com cenários de aquecimento global de 1,5 °C, antes da COP26", a conferência mundial da ONU sobre alterações climáticas, que decorre em novembro, informou a organização internacional sem fins lucrativos, em comunicado.
O pedido foi assinado por 220 instituições financeiras de 26 países, cujos ativos coletivos superam o valor do produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos, e convoca 1.600 empresas cuja atividade tem grande impacto ao nível de emissões de dióxido de carbono (CO2).
O pedido do CDP visa também as portuguesas Cimpor - Cimentos de Portugal, Jerónimo Martins e a The Navigator Company.
Foram ainda convocadas empresas como a Anhui Conch Cement, o maior fabricante de cimento da China, a Hyundai Motor Company, ou a companhia aérea Lufthansa.
As empresas visadas são responsáveis por 11,9 gigatoneladas de emissões, o equivalente a mais do que o total anual dos Estados Unidos e da União Europeia, apontou o CDP.
O objetivo é "pressionar" as empresas "a definir metas de redução de emissões por meio da iniciativa de Metas Baseadas em Ciência [SBTi - Science-Based Targets], para garantir que a ambição corporativa seja verificada de forma independente em relação ao padrão da indústria para metas climáticas robustas".
A campanha CDP Science-Based Targets é coordenada pela instituição sem fins lucrativos CDP, que gere o sistema de relatórios ambientais.
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