A maioria das moratórias de crédito termina hoje, tendo os clientes de retomar o pagamento das prestações dos empréstimos a partir de outubro, designadamente créditos à habitação, podendo muitos não ter capacidade para o fazer. Contudo, há algumas opções que podem ajudar a evitar o incumprimento.
"Se está nesta situação, é importante manter a calma. Esta é a altura para avaliar o seu contexto e perceber o que pode fazer para evitar o pior cenário, ou seja, entrar em incumprimento. Desde rever e renegociar despesas e encargos até optar por mecanismos de apoio por parte das instituições financeiras, existem algumas formas de evitar um cenário de incumprimento", lembra o Doutor Finanças.
Se está a chegar ao limite saiba que há soluções para reduzir os encargos de forma imediata. A empresa especializada em finanças pessoais destaca as seguintes:
1. Aumentar o prazo do contrato
"Estender o prazo do contrato pode ser a solução para reduzir os encargos de uma forma imediata. Contudo, saiba que este prolongamento traz consigo um aumento da fatura total dos juros e dependerá da sua idade."
2. Carência de capital
"A carência de capital é uma solução que permite adiar a amortização do crédito. Por regra, fora do âmbito das moratórias, o cliente paga a parcela correspondente a juros, deixando a amortização de capital para mais tarde."
3. Diferimento de capital
"O diferimento de capital permite reduzir o encargo imediato com o crédito, "empurrando" para o final do contrato uma parte significativa do empréstimo."
4. PARI e PERSI: o que são e como funcionam?
"Os bancos têm alguns planos de ação para ajudar a evitar situações de incumprimento, tendo o dever de reavaliar a situações dos seus clientes. Nos casos em que o cliente ainda está a conseguir cumprir com os pagamentos, é possível apresentar um Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI). Este é um instrumento que está disponível para clientes em situações que antecedem a entrada em incumprimento. Mas se já se encontrar em falta com o pagamento efetivo, existe outro instrumento: o Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI)."
5. Rever despesas para aliviar a fatura mensal
"Esta é uma dica fundamental: analisar o seu orçamento familiar. Pegue num papel e numa caneta e escreva de um lado os seus rendimentos e de outro todas as suas despesas mensais. Este é o momento para perceber onde pode cortar."
6. Fugir ao incumprimento através da renegociação
"Desde os serviços básicos, como a água, a eletricidade e o gás até às telecomunicações, créditos e seguros, são vários os contratos que as famílias têm a decorrer. Além disso, existem ainda outros serviços que podem entrar nesta lista. (...) O processo pode implicar uma grande dose de paciência, mas não desanime. Acredite que esta dica se pode traduzir numa poupança considerável."
Para mais informações sobre cada uma destas opções consulte este artigo do Doutor Finanças.
Leia Também: AO MINUTO: Está a chegar o dia D (das discotecas); Moratórias terminam