O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou, esta quarta-feira, que a revisão em alta das previsões do crescimento para o próximo ano (4,6%) resulta do facto de a economia estar a responder melhor à crise pandémica do que o que se previa.
"Felizmente a nossa economia tem estado a responder melhor do que aquilo que se esperava, fruto do sucesso das medidas que foram adotadas para a sustentação do emprego e o facto de o desemprego ter diminuído muito mais do que o previsto e o emprego ter resistido muito melhor do que o que se previa. Isto tem sido a grande fonte da evolução positiva da economia", disse o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP, em Brdo, na Eslovénia.
António Costa acabou ainda por confirmar as previsões com que o Governo está a trabalhar e que foram adiantadas, esta manhã, pelo PCP, depois de um encontro com o ministro João Leão: a economia portuguesa crescerá 4,6% este ano e 5,5% no próximo ano.
Precisamos de ter finanças públicas controladas para poder aumentar o investimento, melhorar a qualidade dos serviços públicos e ajudar à melhoria do rendimento das famílias
Ainda assim, revelou que é essencial manter as finanças públicas "controladas", até para que possam ser feitos investimentos e melhorias noutras áreas:
"Olhar para o rendimento, para a qualidade dos serviços públicos, para o aumento do investimento não é incompatível com ter atenção aquilo que são as condições das nossas finanças públicas. Pelo contrário, precisamos de ter finanças públicas controladas para poder aumentar o investimento, melhorar a qualidade dos serviços públicos e ajudar à melhoria do rendimento das famílias", disse o primeiro-ministro.
O novo cenário macroeconómico que acompanhará a proposta do OE2022 também trará uma revisão em alta das perspetivas para o mercado de trabalho, já que as expectativas sobre a evolução do emprego e o desemprego são mais positivas do que o Governo antecipou quando apresentou o Programa de Estabilidade.
O Conselho de Ministros reuniu-se na terça-feira para debater a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, documento que será aprovado numa reunião formal do executivo no final desta semana.
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