O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quinta-feira que a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) assume um "objetivo ambicioso" que é o de terminar 2022 acima do nível de 2019, recuperando também dos dois anos da pandemia.
"Este Orçamento assume um objetivo muito ambicioso, mas estamos convictos que temos condições para o alcançar: que é podermos chegar ao final de 2022 já tendo recuperado tudo o que perdemos em 2020 e 2021, mas já estando acima de onde estávamos em 2019. Este é o objetivo que temos e é o objetivo para o qual vamos trabalhar", disse Costa, durante a apresentação do OE2022 ao Partido Socialista (PS).
O primeiro-ministro mostra-se confiante que o país vai alcançar este objetivo, tendo por base o historial de metas anteriormente definidas:
"É por estarmos nas condições em que estamos hoje que agora podemos dizer, sim, é essa a meta, porque nos habituamos desde 2016 a fixar metas que são ambiciosas, mas que sabemos que não estão para lá da nossa perna e somos capazes de as alcançar", acrescentou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro e o ministro de Estado e das Finanças reuniram-se esta quinta-feira, na Assembleia da República, com o Grupo Parlamentar do PS sobre o OE2022, que é votado na generalidade no próximo dia 27. Esta reunião com a bancada do PS, acontece depois de o Bloco de Esquerda e do PCP terem já avisado que, tal como está, vão votar contra a proposta do Governo de Orçamento do Estado logo na generalidade.
O primeiro-ministro afirmou ainda que o Governo vai aprovar na próxima semana, em Conselho de Ministros, o pacote legislativo denominado 'Agenda para o trabalho digno' e o novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Sem se referir a exigências do Bloco de Esquerda e do PCP no processo negocial do Orçamento do próximo ano, António Costa disse que a 'Agenda para o trabalho digno', que visa combater a precariedade, dinamizar a contração coletiva e atualizar a questão da caducidade é uma das matérias conexas à proposta orçamental.
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