"Empresas no limite". ANTRAM alerta para "ausência de competitividade"

As empresas de transporte rodoviário de mercadorias "estão no seu limite" face aos aumentos nos combustíveis.

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Notícias ao Minuto
18/10/2021 08:59 ‧ 18/10/2021 por Notícias ao Minuto

Economia

ANTRAM

O porta-voz da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), André Matias de Almeida, reiterou, esta segunda-feira, que as empresas do setor estão no limite por causa dos preços dos combustíveis, alertando também para a "ausência de competitividade".

"Fica fácil de perceber, para qualquer português, que estas empresas estão no seu limite relativamente àquilo que é o limiar da insolvência e, naturalmente, o despedimento coletivo. Teremos um cenário adicional que é a ausência de competitividade que as empresas portuguesas começam a ter em função dos preços dos combustíveis, designadamente com o país próximo que é Espanha", disse André Matias, em declarações à RTP3. 

O porta-voz da ANTRAM alertou ainda que esta situação e a diferença de realidades entre Portugal e Espanha pode ter impacto nas empresas portuguesas:  

"Como há uma diferença enorme [comparando com Espanha] relativamente a esse tema, fará com que as empresas espanholas entrem no mercado português e possam nessa altura estabelecer novos preços, novas condições comerciais com as empresas portuguesas, o que acreditamos que também vai ter impacto nas próprias empresas portuguesas", afirmou. 

No sábado, André Matias tinha já adiantado, em declarações à Lusa, que "a descida de um e dois cêntimos no gasóleo e na gasolina é imediatamente consumida pela subida na próxima segunda-feira de cerca de dois cêntimos". Apesar de elogiar a medida, a Antram entende que o seu impacto "será muito reduzido".

Segundo a Antram, as empresas de transporte rodoviário de mercadorias "estão no seu limite" face aos aumentos nos combustíveis e nos salários dos motoristas.

"Adivinhamos cenários de insolvência a muito breve trecho", afirmou o porta-voz da associação, assinalando que o custo efetivo do transporte de mercadorias não reflete as subidas nos salários dos motoristas e nos preços dos combustíveis porque "o mercado não o permite".

Leia Também: Combustíveis: ISP baixou, mas impacto no preço não se sentirá (já) hoje

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