"Empresas no limite". ANTRAM alerta para "ausência de competitividade"
As empresas de transporte rodoviário de mercadorias "estão no seu limite" face aos aumentos nos combustíveis.
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Economia ANTRAM
O porta-voz da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), André Matias de Almeida, reiterou, esta segunda-feira, que as empresas do setor estão no limite por causa dos preços dos combustíveis, alertando também para a "ausência de competitividade".
"Fica fácil de perceber, para qualquer português, que estas empresas estão no seu limite relativamente àquilo que é o limiar da insolvência e, naturalmente, o despedimento coletivo. Teremos um cenário adicional que é a ausência de competitividade que as empresas portuguesas começam a ter em função dos preços dos combustíveis, designadamente com o país próximo que é Espanha", disse André Matias, em declarações à RTP3.
O porta-voz da ANTRAM alertou ainda que esta situação e a diferença de realidades entre Portugal e Espanha pode ter impacto nas empresas portuguesas:
"Como há uma diferença enorme [comparando com Espanha] relativamente a esse tema, fará com que as empresas espanholas entrem no mercado português e possam nessa altura estabelecer novos preços, novas condições comerciais com as empresas portuguesas, o que acreditamos que também vai ter impacto nas próprias empresas portuguesas", afirmou.
No sábado, André Matias tinha já adiantado, em declarações à Lusa, que "a descida de um e dois cêntimos no gasóleo e na gasolina é imediatamente consumida pela subida na próxima segunda-feira de cerca de dois cêntimos". Apesar de elogiar a medida, a Antram entende que o seu impacto "será muito reduzido".
Segundo a Antram, as empresas de transporte rodoviário de mercadorias "estão no seu limite" face aos aumentos nos combustíveis e nos salários dos motoristas.
"Adivinhamos cenários de insolvência a muito breve trecho", afirmou o porta-voz da associação, assinalando que o custo efetivo do transporte de mercadorias não reflete as subidas nos salários dos motoristas e nos preços dos combustíveis porque "o mercado não o permite".
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