A atualização de uma avaliação piora a estimativa de impacto económico da Web Summit. A conclusão é de um estudo do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério de Economia, que revela que entre 2016 e 2019 terão entrado menos 77,5 milhões de euros nos cofres do Estado.
Ainda entre esses anos, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Web Summit terá crescido menos 196 milhões de euros do que o estimado, terão sido criados menos 2.673 postos de trabalho e despendidos menos 16 milhões de euros do que o antecipado, de acordo com a imprensa económica.
"Para conhecer os impactos de curto prazo da Web Summit na economia Portuguesa, o Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério de Economia encomendou um estudo, publicado em 2018, no qual foram estimados os impactos de curto prazo em vários agregados macroeconómicos e no emprego derivados do aumento de atividade associado ao evento", pode ler-se na apresentação do estudo.
O mesmo estudo sugere a descentralização do evento e a criação de 'microeventos' noutras cidades do país, de modo a distribuir melhor os ganhos decorrentes da conferência pelo território nacional.
No total, na edição deste ano, marcada por restrições associadas à Covid-19, estão presentes 42.751 participantes, um número abaixo dos 70.469 registados em 2019, ano em que o evento se realizou sem qualquer condicionamento.
O evento de 2021 conta com a presença de 748 oradores, 1.333 conferências, 1.519 'startups', das quais 70 'unicórnios' ['startup' com valorização superior a mil milhões de dólares] e 872 investidores, "tornando a Web Summit a maior reunião de empreendedores no mundo este ano".
A Web Summit decorre entre 1 e 4 de novembro em Lisboa, em modo presencial, depois de a última edição ter sido 'online' e a organização espera cerca de 40 mil participantes, segundo revelou, em setembro, Paddy Cosgrave, presidente executivo da cimeira.
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