A taxa de desemprego desceu para 6,1% no 3.º trimestre, de acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No 2.º trimestre do ano, refira-se, a taxa de desemprego fixou-se nos 6,7%.
"A taxa de desemprego foi estimada em 6,1%, valor inferior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior, em 1,9 p.p. ao do trimestre homólogo de 2020 e em 0,2 p.p. ao do 3.º trimestre de 2019", pode ler-se no relatório do INE.
A população empregada (4.878,1 mil pessoas) aumentou 1,4% (67,6 mil) em relação ao trimestre anterior, 4,7% (219,7 mil) relativamente ao mesmo período de 2020 e 1,5% (71,5 mil) por comparação com o 3.º trimestre de 2019 (período pré-pandemia).
Já a população desempregada, estimada em 318,7 mil pessoas, diminuiu 7,8% (27,0 mil) em relação ao trimestre anterior e 21,0% (84,8 mil) relativamente ao homólogo.
Já a taxa de subutilização do trabalho - que inclui a população desempregada, o subemprego de trabalhadores involuntariamente a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar, e os inativos disponíveis, mas que não procuraram emprego - estimada em 11,9%, diminuiu tanto em relação ao trimestre anterior (0,4 p.p.) como ao homólogo (3,2 p.p.), de acordo com a agência de estatísticas.
Ainda segundo os dados da agência de estatísticas, a população inativa com 16 e mais anos (3.612,2 mil pessoas) diminuiu 0,9% (32,9 mil) relativamente ao trimestre anterior e 3,0% (111,8 mil) em relação ao trimestre homólogo.
Quais são as previsões para o conjunto do ano?
Este ano, o Governo prevê que a taxa de desemprego baixe para os 6,8%, de acordo com as previsões mais recentes, que constam na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). No próximo ano, as previsões do Executivo apontam para que haja uma redução para os 6,5%.
Em 2020, primeiro ano marcado pela pandemia de covid-19, a taxa de desemprego em Portugal foi de 7,0%.
Das restantes entidades que fazem projeções relativas à economia portuguesa, a mais otimista para este ano é o Banco de Portugal, que espera uma taxa de 6,8%, tal como o Governo.
O Conselho das Finanças Públicas aponta a uma taxa de 7,3% e a OCDE de 7,4%, e a entidade mais pessimista é o Fundo Monetário Internacional (FMI), que em abril apontou para 7,7%.
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