Em setembro, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 0,6 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, para 764,5 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP), esta segunda-feira.
Até agosto, recorde-se, o endividamento da economia ascendia a 763,9 mil milhões de euros.
O endividamento do setor público (administrações públicas e empresas públicas) diminuiu 1,4 mil milhões de euros, para 345,1 mil milhões de euros.
"Esta redução resultou, sobretudo, da diminuição do endividamento junto do exterior (3,8 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensada pelo crescimento do endividamento face ao setor financeiro e às próprias administrações públicas (1,6 e 1,0 mil milhões de euros, respetivamente)", pode ler-se no relatório do BdP.
Já o endividamento do setor privado (empresas privadas e particulares) aumentou 2,0 mil milhões de euros, para 419,4 mil milhões de euros.
"O endividamento das empresas privadas cresceu 1,3 mil milhões de euros, devido, principalmente, ao financiamento obtido junto do exterior. O endividamento dos particulares subiu 0,6 mil milhões de euros e resultou no incremento do endividamento face ao setor financeiro", pode ler-se.
No terceiro trimestre de 2021, o endividamento do setor não financeiro diminuiu de 373,4% para 369,9% do PIB, impulsionado pela redução do endividamento do setor público, que desceu de 170,6% para 167,0% do PIB. O endividamento do setor privado praticamente não se alterou: subiu de 202,8% para 202,9% do PIB.
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