IEFP: Ofertas de emprego aumentam (e 'nestes' setores crescem mais)

Os dados divulgados pelo IEFP revelam que as atividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio, o comércio a grosso e a retalho e o alojamento e restauração são os setores onde as ofertas de emprego mais cresceram. A falta de trabalhadores está a ameaçar a recuperação dos setores mais 'tradicionais' da economia portuguesa.

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Notícias ao Minuto
23/11/2021 07:35 ‧ 23/11/2021 por Notícias ao Minuto

Economia

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As ofertas de emprego ascenderam a 23.606 em outubro, o que significa um aumento de 54,3% em comparação com o período homólogo, de acordo com os dados divulgados, na segunda-feira, pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). 

"As ofertas de emprego por satisfazer, no final de outubro de 2021, totalizavam 23.606, nos serviços de emprego de todo o país. Este número corresponde a um aumento anual (+8.312; +54,3%) e a um decréscimo face ao mês anterior (-194; -0,8%) das ofertas em ficheiro", pode ler-se no relatório do IEFP. 

De acordo com o Dinheiro Vivo, que avançou com a notícia, as 23.606 vagas de emprego por preencher são um dos níveis mais elevados das séries oficiais. O recorde histórico, sublinhe-se, foi atingido em meados de 2017. 

Em que setores há mais vagas de emprego por preencher? 

Os dados divulgados pelo IEFP revelam que as atividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio, o comércio a grosso e a retalho e o alojamento e restauração são os setores onde as ofertas de emprego mais cresceram. 

"As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do Continente), por ordem decrescente, foram as seguintes: as 'Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio' (15,8%), o 'Comércio a grosso e a retalho' (14,4%) e o 'Alojamento, restauração e similares' (13,1%)", pode ler-se no relatório do IEFP. 

Falta de trabalhadores ameaça retoma dos setores tradicionais da economia

A falta de trabalhadores está a ameaçar a recuperação dos setores mais 'tradicionais' da economia portuguesa, do têxtil ao calçado, construção ou mobiliário, num problema que não é novo, mas que se agravou com a retoma pós-confinamento.

Em declarações à agência Lusa, representantes de várias associações setoriais defenderam a urgência de políticas de incentivo à contratação de profissionais, para que a escassez de recursos humanos não ponha em causa a recuperação económica daquelas atividades, a par de campanhas de valorização dos setores ditos mais "tradicionais", muito afetados por "estigmas" e "estereótipos" que os tornam pouco atrativos para os mais jovens.

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